A Confederação Nacional da Indústria (CNI) projeta um aumento de 2,4% no PIB e um crescimento de 2,1% na indústria em 2024, conforme indicado no Informe Conjuntural do primeiro trimestre. O relatório destaca uma atividade econômica mais forte do que o esperado no início do ano, após um período de estagnação no final de 2023.
“A atividade econômica iniciou 2024 mais aquecida do que apontavam as expectativas no fim de 2023. Após o PIB ter registrado crescimento nulo no terceiro e no quarto trimestres de 2023, os dados mais recentes indicam que a atividade econômica voltou a se expandir. Diversos fatores explicam os resultados recentes e darão impulso para a atividade econômica até o fim de 2024”, segundo o informativo.
A indústria espera um crescimento mais equilibrado entre os setores em 2024, com a construção aumentando em 2,0%, a transformação em 1,7% e a indústria extrativa mantendo um crescimento robusto de 3,1%. A CNI prevê uma reação positiva na indústria da construção, impulsionada pela regulamentação do programa Minha Casa Minha Vida e pelo avanço do PAC.
O aumento da demanda por produtos industriais, devido ao crescimento da renda e do crédito, deve impulsionar o PIB da indústria de transformação. A inflação deve desacelerar para 3,6%, com uma previsão de redução da taxa de juros Selic para 9,0% até o final do ano. Espera-se um crescimento de 4,0% na massa de rendimentos reais da indústria, impulsionado pelo aquecimento do mercado de trabalho.
As concessões de crédito devem crescer 6,3% devido à redução da Selic e ao aumento da renda real, o que pode diminuir a inadimplência e o comprometimento da renda das famílias.
Já para o setor agropecuário a CNI projeta que o PIB terá uma queda de 4,0% este ano, após um crescimento excepcional de 15,1% em 2023, devido à redução nas safras de culturas como soja e milho, afetadas por condições climáticas adversas do El Niño.
Quanto ao consumo, a CNI destaca que a inflação e os juros em queda, juntamente com o aumento da renda e do crédito, impulsionarão o consumo das famílias, esperando um crescimento de 2,5% neste ano. E diferente de 2023, espera-se um aumento nos investimentos, com a formação bruta de capital fixo projetada para aumentar 2,8% em 2024. Isso é atribuído a um cenário de crédito mais favorável e a programas como a Depreciação Acelerada, o novo Marco Legal das Garantias e a Nova Indústria Brasil, além da expectativa de melhor desempenho na Indústria de Construção.