Atividade industrial no RS inicia o ano com ritmo lento, mas as projeções indicam crescimento na demanda e nos empregos

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7 de março de 2024

A Sondagem Industrial de janeiro no Rio Grande do Sul, divulgada pela FIERGS nesta quinta-feira (29), aponta um início de ano com produção estável, queda no emprego e alta ociosidade no setor. No entanto, os estoques estão dentro das expectativas das empresas. Para os próximos seis meses, os empresários gaúchos preveem crescimento na demanda e emprego, apesar das incertezas econômicas e da possível elevação do ICMS por meio de cortes em incentivos fiscais, conforme alerta o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry.

A produção industrial teve uma leve queda em janeiro, mantendo-se próxima da estabilidade, com um índice de 49,5 pontos. Destaca-se que, nos últimos 12 meses, apenas em três ocasiões ultrapassou os 50 pontos, indicando crescimento em relação ao mês anterior. Já o emprego industrial continua em trajetória negativa desde setembro de 2022, registrando 48,6 pontos em janeiro, abaixo da média histórica de expansão para esse período, que é de 50,7 pontos.

A capacidade instalada teve um aumento de um ponto percentual, passando de 66% em dezembro de 2023 para 67% em janeiro de 2024. No entanto, ainda fica 1,6 ponto percentual abaixo da média histórica para o primeiro mês do ano, que é de 68,6%. O índice de utilização em relação ao usual, que reflete a percepção dos empresários sobre o normal para o período, atingiu 42,7 pontos, indicando uma utilização abaixo do habitual, uma vez que está abaixo de 50.

A boa notícia na Sondagem foi a redução dos estoques de produtos finais em janeiro, marcando 47,8 pontos em comparação com dezembro. Essa é a segunda queda consecutiva, alcançando os níveis desejados pelas empresas pela primeira vez desde agosto de 2023. O índice de estoques em relação ao planejado atingiu 49,3 pontos, indicando que os estoques estão abaixo do planejado no mês, conforme valores abaixo de 50.

Segundo a pesquisa da FIERGS com 199 empresas gaúchas, realizada de 1º a 9 de fevereiro, as expectativas dos empresários para os próximos meses permanecem otimistas. Em relação à demanda futura, houve pouca alteração desde janeiro, com o índice de expectativas registrando 54,6 pontos (-0,7 ponto em comparação ao mês anterior), indicando perspectivas de crescimento. Além disso, os empresários gaúchos mantiveram a projeção de aumento das compras de matérias-primas, mesmo com a redução do índice de 54,9 para 53,9 pontos.

As perspectivas para as exportações tiveram uma redução mais expressiva, caindo de 54 para 51,1 pontos. No entanto, em relação ao emprego, há uma previsão de crescimento nos meses seguintes, com o índice de expectativa do número de empregados subindo de 51,2 em janeiro para 52,4 pontos em fevereiro.

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