Queda da Selic – o que muda nos financiamentos imobiliários?

Notícias
28 de março de 2024

Além do mercado financeiro, consumidores, governo e investidores estão atentos às decisões do Copom, pois a taxa Selic afeta a economia em geral, influenciando os juros em diferentes tipos de crédito, como financiamentos.

A redução da taxa básica de juros no Brasil pode afetar positivamente a aquisição de imóveis financiados e favorecer os mutuários. Na quarta-feira, dia 20/03, o Copom cortou a Selic em 0,5 ponto percentual, fixando-a em 10,75% ao ano. As projeções do Boletim Focus para 2024, divulgadas um dia antes da reunião do Banco Central, mantiveram a expectativa da Selic em 9% para 2024, 8,50% para 2025 e 2026.

Embora o corte da taxa básica de juros estimule a economia e torne o custo do capital mais baixo, sua relação com a redução das taxas de financiamento não é direta. Isso se deve ao fato de que o financiamento imobiliário é composto por duas fontes principais de recursos: a poupança e os títulos de crédito incentivados. A poupança, por sua vez, é afetada negativamente pela queda da Selic.

Paulo Castro, gestor da Real Estate da SulAmérica Investimentos, sugere que embora a queda da Selic possa evitar aumentos nas taxas, é menos provável que elas diminuam na mesma proporção. Ele observa que um corte agressivo poderia melhorar a situação, mas isso também depende do pagamento dos financiamentos existentes e da reinjeção dos recursos na poupança.

Especialistas apontam que a reação do mercado de crédito imobiliário apresenta um atraso perceptível. Quando a Selic aumenta, as taxas sobem rapidamente, mas quando ela cai, leva mais tempo para refletir nas taxas.

Embora as taxas de financiamento ainda não tenham diminuído, Giuliano Bandoni, gestor de Fundos Imobiliários da Rio Bravo, sugere que este pode ser um momento oportuno para comprar imóveis. Ele explica que se os compradores esperarem até que as taxas estejam muito baixas, a demanda aumentará, o que pode elevar os preços dos imóveis.

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